sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

conto

solidão
acordo as quatro. saio de um sonho estranho onde ajudei uma amiga a achar seu par. fiquei sòzinho como acordei. casa vazia, com azia. me mexia prá-lá-e-prá-cá, nú. levanto e bebo um jarro d'água, vou ao chuveiro. acho os gráus que meu corpo adora. experimento uma felicidade infinita nessa cachoeira quente. sou feliz: aceito a vida que tenho, os filmes que gosto caem do céu, os sonhos se realizam e os presentes que ganho quero dar para as pessoas que amo, de tão bons. visto uma roupa de domingo, saio felizardo. a rua está nua. estranho. olho o relógio e a bússola. são seis, estou indo para o sul. perdi o rumo: não estou em paris.
23 de dezembro de 2007

conto

vinha de um almoço de camarão, andando pelas ruas arborizadas de um jardim oceânico e parei diante de cinco pardais que se deliciavam na poça de águas límpidas, nadavam, batiam suas asas, bebiam. uma rolinha se juntou a eles, depois outros pardais e mais outros. meu sorvete de chica bom que comemora sessenta anos, ficou ainda mais gostoso.