tag:blogger.com,1999:blog-70184593735040225822024-03-13T03:45:27.698-07:00ivan alves de limaliteraturaivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-50557292941836564372011-10-20T02:56:00.001-07:002011-10-20T02:58:32.934-07:00hai cai matinal<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">ame a cama,</span><br />
<div>
<br />
<br />
ame a cama<br />
ame o banho,</div>
<div>
se ame,</div>
<div>
e não ache estranho.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
tenha manha</div>
<div>
sem medo</div>
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de sua entranha.</div>
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<br /></div>
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não entenda tudo.</div>
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apenas</div>
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acompanha.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
(hai cai matinal)</div>
</div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-2289317577408179412009-12-29T10:05:00.000-08:002009-12-29T10:22:51.308-08:00<div align="center"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/SzpFNNXBr1I/AAAAAAAAALE/CJlznp2KHUs/s1600-h/ivanlimarostos2002out19terceiropapelarchesfrances+c%C3%B3pia.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420721194720669522" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/SzpFNNXBr1I/AAAAAAAAALE/CJlznp2KHUs/s400/ivanlimarostos2002out19terceiropapelarchesfrances+c%C3%B3pia.jpg" /></a><span style="font-size:78%;"> <span style="font-family:verdana;">poema em homenagem a escritora lee schuster,</span></span></div><div align="center"><span style="font-size:78%;"><span style="font-family:verdana;">sobre desenho da série rostos (mil e cem rostos: 1989-2009). </span></span></div><div align="center"><span style="font-size:78%;"><span style="font-family:verdana;">Feito em 2002out19, terceiro. lápis pitt charcoal soft faber-castel alemão e pastel seco toison d'or tcheco sobre papel fabriano italiano. formato 11,9x15,8 cm.</span><br /></div></span>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-6308716756298201582009-11-04T09:19:00.001-08:002011-10-20T03:04:45.736-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="center">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/SvG33lCwsWI/AAAAAAAAAKU/PQaB8uwBfA0/s1600-h/hai+cai+de+amor.jpg"><span style="font-size: 78%;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400299593658315106" src="http://2.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/SvG33lCwsWI/AAAAAAAAAKU/PQaB8uwBfA0/s400/hai+cai+de+amor.jpg" style="cursor: hand; display: block; height: 322px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></span></a><span style="font-size: 78%;">hai cai de amor abstrato, </span><span style="font-size: 78%;">sobre desenho abtrato expressionista com guache talens holandês sobre papel arches francês feito entre 28 de agosto e 5 de setembro de 1999. formato 20x15cm. da série kid abelha.</span> </div>
</div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-30283053949343597092009-08-12T09:56:00.000-07:002012-09-19T11:33:05.372-07:00trilogia da gávea, romance<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="center">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/SoRjNnuE4DI/AAAAAAAAAIg/bMAKq4DOdM4/s1600-h/capa+original+o+romance.psd.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5369525741384163378" src="http://1.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/SoRjNnuE4DI/AAAAAAAAAIg/bMAKq4DOdM4/s400/capa+original+o+romance.psd.jpg" style="cursor: hand; display: block; height: 339px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 227px;" /></a><span style="font-size: 85%;"> <span style="font-family: verdana;">Numa linguagem delicada e direta, o romance de estréia de Ivan Lima relata, de forma cuidadosa, o amor que rodeia três mulheres ligadas ao bairro carioca da Gávea.</span></span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">LUZ,</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">a asséptica, é terra: suave, doce e de uma integridade completa - uma mulher capaz de amar com enorme tranqüilidade.</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">ANA BEATRIZ,</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">a hermética, é água: introvertida, fechada num grande amor por grande parte da sua vida.</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">Já RAQUEL,</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">a cética, é fogo: uma mulher fria e calculista, que faz o protagonista sofrer de amor sem respostas.</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">É um romance que retrata em cada palavra, em cada frase, em cada pequeno acontecimento, este emaranhado amor urbano que todos nós vivemos.</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">-----------</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">IVAN LIMA</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">é fotógrafo, professor universitário e autor de "a fotografia é a sua linguagem", "fotojornalismo brasileiro: realidade e linguagem" e "frança brasil: cinco séculos de sedução".</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">Trilogia da Gávea é o seu primeiro romance.</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">-------------------</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">é fácil ler trilogia da gávea de 136 páginas:</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;">livraria timbre no shopping da gávea</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;"><a href="http://www.estantevirtual.com.br/">http://www.estantevirtual.com.br/</a></span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;"><a href="http://www.7letras.com.br/">http://www.7letras.com.br/</a></span></div>
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<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;"></span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;"></span></div>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;"></span></div>
</div>
ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-30442835414131830892009-08-08T16:47:00.000-07:002009-08-18T09:40:30.290-07:00cética: o fotógrafo sem saída<div align="center"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">raquel</span> bagunça a vida do protagonista, um fotógrafo mediocre, muito pretencioso, que odeia publicidade mas vive com uma modelo e saturado com o seu dia-à-dia tenta deixar a fotografia pela literatura e não consegue nada. </span></div><div align="center"><span style="font-size:85%;">raquel é o seu bálsamo e ao mesmo tempo a destruidora de ilusões desse personagem contraditório, que desliza pela gávea, flamengo, leblon, ipanema, centro do rio, se refugia em brasilia e percorre outros bairros desse rio de janeiro maravilhoso. </span></div><div align="center"><span style="font-size:85%;"></span> </div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-87889898820942529192009-07-02T17:24:00.001-07:002009-07-11T09:09:15.319-07:00hai cai de dois de julho<a href="http://1.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/Sli5CO2mGvI/AAAAAAAAAHg/SE_LXRRGFS4/s1600-h/haicai+de+2+de+julho+ivanlima06dez1988papelfelizardo14,5x10cm.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357235204755167986" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 272px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/Sli5CO2mGvI/AAAAAAAAAHg/SE_LXRRGFS4/s400/haicai+de+2+de+julho+ivanlima06dez1988papelfelizardo14,5x10cm.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://3.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/Sk1P7E1XDVI/AAAAAAAAAHQ/2aIj_azwljM/s1600-h/haicai+iracinez+2009julho02+ivanlima06dez1988papelfelizardo14,5x10cm+copy.jpg"></a><br /><br /><div></div></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-64337307034114968682009-05-12T03:51:00.000-07:002009-05-12T04:06:50.176-07:00trilogia da gávea: argumento<div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><strong>Asséptica: pequena história de um grande amor</strong><br /><strong>argumento para a construção do romance</strong></span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">É uma relação de amor tranqüila onde não acontece nada de ruim. Os dois se amam muito durante uma semana (na segunda estada dele) e termina simplesmente quando ele volta para a Gávea, onde está hospedado por um mês. Ele vive em Paris. O final da história curta deve dar a entender que eles serão felizes seja lá que caminho o romance dos dois tomar. Isso nada tem importância, apenas o momento presente. O que ocorre é que entre a primeira e a segunda viagem dele o seu casamento se desfaz e a história de amor dela com o ex-namorado também tem um ponto final para ela.<br />Ele é carioca, mora em Paris e está no Brasil para dar aperfeiçoamento de fotografia (ele é fotógrafo de cinema e já exerceu várias profissões dentro da fotografia) em várias cidades brasileiras. Na história ele dá dois workshops em Fortaleza, onde ela vive, com intervalo de um mês. No primeiro fica duas semanas e no segundo apenas uma.<br />Ela é uma psicóloga que tem interesse em fotografia e cinema e descobre o curso no dia que ele inicia. Como o workshop já está lotado, tem que desdobrar para conseguir freqüentar, porque o workshop é muito procurado.<br />Os dois só começam a sair na segunda semana, embora os dois estejam de olho um no outro desde o início. Se esmeram, tomando toda a delicadeza para não magoar seus pares. Na segunda vez ela não freqüenta o workshop dele por constrangimento e inventa um trabalho que a ocupa o tempo todo.<br />O elemento simbólico do crescimento dela é que se sente pequena quando ele chega ao aeroporto e se sente enorme quando ele parte. Apenas essa descrição é dele.<br /><strong>Protagonista:</strong> </div><div align="center">Luciana Espinosa, a Luz, 24 anos, solteira, psicóloga lacaniana. Ela é de classe média decadente, mas está numa ótima situação financeira, devido ao seu próprio trabalho. Vive Com a mãe e três irmãos (dois irmãos e uma irmã de 14 anos), numa casa. É gêmeos no solaro e serpente no lunar. Seus pais são separados, o pai é um jornalista importante e a mãe é funcionaria pública. Os pais se separaram antes dela completar sete anos, quando ele ficou muito assediado pelo cargo de editor que assumiu. Quando ele saiu de casa já estava com uma outra mulher. Tinham então três filhos e tiveram mais uma filha quatro anos depois, o que complicou muito a cabeça da protagonista sobre a compreensão do amor, da separação e dos sentimentos. Fez psicologia e é comum, se perguntar se escolheu a profissão certa.<br />Na vida profissional é muito bem sucedida, tendo clínica de atendimento já há quatro anos. Uma vida financeiramente estável, carro novo, um citroën vermelho metálico, que, representa mais a personalidade dele do que dela.<br />Tem um equilíbrio impressionante para atender seus clientes, e é insegura na sua vida privada, cheia de dúvidas e indecisões.<br />Tem forte atração por projetos sociais em regiões periféricas e está envolvida na discussão de três deles quando acontece a novela.<br />É muito determinada e não costuma errar nos prognósticos. É morena, bem magra, vegetariana, come pouco, tem cabelos compridos, lisos, cerca de 1,60 m e tem uma beleza discreta. Não chama atenção sobre si, é discreta também no comportamento, poderia dizer discretíssima, não fala muito e tem uma certa dificuldade para se comunicar quando diz respeito a seu próprio sentimento.<br />Seu primeiro namoro durou dos 15 aos 20 anos com um menino da mesma idade, cabelos longos e indeciso. Uma vez por ano ele terminava o namoro e depois voltava arrependido. Até que na quinta vez ela não voltou. A partir daí deu um rumo novo à sua vida, começando a atender antes de sair da Faculdade, graças a um atendimento que teve de uma psicóloga muito importante. Depois namorou um colega de faculdade de psicologia, por quem é apaixonada até o aparecimento do personagem da novela. O namoro durou seis meses, ficaram um ano desligados e voltaram por dois desastrados meses. Ela encontra o Antagonista, a primeira vez, uma semana após ter rompido com o namorado André. Para ela André nunca a amou e ela sempre o amou.<br />Esse encontro da novela a assusta um pouco pelo fato do Antagonista ter 17 anos mais que ela e estar num estágio profissional muito adiantado. Ele não tem medo de nada e passa esse sentimento para ela.<br /><strong>Antagonista</strong><br />Não tem nome (e seu nome nunca é citado, lógico). Tem 41 anos, está se divorciando é diretor de fotografia de cinema muito conceituado, que alterna seus trabalhos com workshops práticos em escolas de cinema, para passar seus conhecimentos a outras pessoas. Normalmente dá oficinas práticas sobre os próprios filmes ou sobre fografia. É leão no solar e rato no lunar. É de origem simples e evoluiu muito profissional e culturalmente e é de classe média alta, estável. Tem dois filhos do casamento que está se desfazendo no momento do romance.<br />Sua já ex-mulher (Francine) é professora de francês e português em Paris. É especializada em dar aulas de português para franceses e canadenses e aulas de francês para portugueses. É uma boa mãe e uma péssima esposa. É de uma família nobre e tem uma fortuna familiar muito expressiva e sempre foi criada no luxo e isso distancia o casal. Eles estão casados há sete anos e o casamento dos dois está ruim há algum tempo, mas é o surgimento de Luz que faz ele decidir pela separação. Quando a história acontece ele não está ainda morando sozinho, mas sabe que isso vai acontecer, mas também não se preocupa com isso.<br /></span></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-26942774413212441662009-04-12T16:02:00.000-07:002009-04-12T16:07:32.626-07:00trilogia da gávea: capa<div align="center"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/SeJzlq1ZfwI/AAAAAAAAAHA/oK4ymG4hvh0/s1600-h/capa.jpg"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323944800495959810" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 269px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/SeJzlq1ZfwI/AAAAAAAAAHA/oK4ymG4hvh0/s400/capa.jpg" border="0" /></span></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">capa</span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">pintura digital de daniel de souza (</span><a href="http://www.danieldesouza.net/"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">www.danieldesouza.net</span></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">) sobre fotografia do autor.</span><br /></div></span><div align="center"></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-38945318450122637302009-04-12T15:46:00.000-07:002009-04-12T16:08:31.787-07:00trilogia da gávea: sinopse<div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">a editora 7 letras do rio de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">janeiro</span>, lança, a partir do próximo mês de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">junho</span>, a trilogia da gávea, o primeiro romance de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">ivan</span> lima.</span></div><div align="center"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">após três livros publicados: a fotografia é a sua linguagem, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">fotojornalismo</span> brasileiro: realidade e linguagem e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">frança</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">brasil</span>: cinco séculos de sedução o autor apresenta, numa linguagem delicada e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">direta</span>, três histórias de amor que rodeiam três mulheres ligadas ao bairro "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">cult</span>" do rio de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">janeiro</span>.</span></div><div align="center"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">LUCIANA</span>, a asséptica, é terra: suave, doce e de uma integridade completa, que ama com uma enorme <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">tranqüilidade</span>.</span></div><div align="center"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">ANA BEATRIZ, a hermética, é água: uma mulher introvertida, fechada num grande amor por grande parte da sua vida.</span></div><div align="center"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">já RAQUEL, a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">cética</span>, é fogo: uma mulher fria e calculista, que faz o protagonista sofrer de amor sem respostas.´</span></div><div align="center"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">é um romance que foi escrito e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">re</span>-escrito centenas de vezes durante <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">vários</span> a<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">nos</span>, para o leitor ter o prazer em cada palavra, em cada frase, em cada pequeno acontecimento deste emaranhado amor urbano em que todos nós vivemos.</span></div><div align="center"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">acompanhe aqui a preparação, os lançamentos e o percurso do livro.</span></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-65713565065709416072009-01-18T07:48:00.000-08:002009-10-19T18:50:37.941-07:00conto zen<div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">uma mulher chique e bem sucedida estava num aeroporto e o seu voo ia demorar. comprou um livro e um pacote de biscoitos, sentou na sala vip no ar condicionado abriu o livro. um homem sentou ao lado dela e abriu outro livro. pegou o pacote de biscoitos, abriu e comeu um. ela ficou indignada mas não disse nada, pegou também um biscoito e comeu e colocou entre os dois. e assim foi, ele pegava um biscoito e ela pegava outro, ele calmo e ela nervosíssima, mas sem dar um palavra. no final sobrou um biscoito e ela pensou - agora eu quero ver o que ele vai fazer. ele pegou o biscoito dividiu ao meio e comeu a metade e deixou a metade para ela e saiu tranquilo, ela furiosa.</span></div><div align="center"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">embarcou e sentou confortavelmente na poltrona, revoltada com o homem e consigo mesma por não ter reclamado, esbravejando... quando abriu a bolsa para pegar alguma coisa, descobriu que o seu pacote de biscoitos estava intacto dentro da sua bolsa. tinha comido a metade dos biscoitos do gentil homem ao seu lado.</span></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-55286490988741068942009-01-16T10:00:00.000-08:002009-01-16T10:02:14.194-08:00conto<div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">solidão</span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">acordo as quatro. saio de um sonho estranho onde ajudei uma amiga a achar seu par. fiquei sòzinho como acordei. casa vazia, com azia. me mexia prá-lá-e-prá-cá, nú. levanto e bebo um jarro d'água, vou ao chuveiro. acho os gráus que meu corpo adora. experimento uma felicidade infinita nessa cachoeira quente. sou feliz: aceito a vida que tenho, os filmes que gosto caem do céu, os sonhos se realizam e os presentes que ganho quero dar para as pessoas que amo, de tão bons. visto uma roupa de domingo, saio felizardo. a rua está nua. estranho. olho o relógio e a bússola. são seis, estou indo para o sul. perdi o rumo: não estou em paris.</span></div><div align="center"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">23 de dezembro de 2007</span></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-47432302388383410822009-01-16T08:41:00.000-08:002009-01-16T08:43:56.354-08:00conto<div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">vinha de um almoço de camarão, andando pelas ruas arborizadas de um jardim oceânico e parei diante de cinco pardais que se deliciavam na poça de águas límpidas, nadavam, batiam suas asas, bebiam. uma rolinha se juntou a eles, depois outros pardais e mais outros. meu sorvete de chica bom que comemora sessenta anos, ficou ainda mais gostoso.</span></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-2916283357951662832009-01-12T06:36:00.000-08:002009-10-19T18:51:19.532-07:00pensamento<div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">uma bela música tem o som de uma voz em silêncio.(ana clara lima)</span></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-53820176482616635282009-01-03T11:57:00.000-08:002009-01-06T10:43:57.210-08:00conto<div align="center"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >sandro e luisa<br />Sandro olhava o rosto de Boticelli à sua frente. A água da banheira no seu corpo, aquecia a transposição do amor que tinha pela sua amada distante para a imagem a sua frente. Diminuia a distância que saia da sua alma e superava tudo. Tinha percorrido museus no mundo para ver, ao vivo o que seu mestre tinha feito de tão belo; e era sempre como se, vários séculos depois, lhe dissesse: "eis o que eu fiz de perfeito. não é para você copiar, porque isso eu já fiz mas apenas para mostrar que é fazível," Luisa, agora achada, era a sua "Venus".<br /></span></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-8872609075709412862008-12-19T10:33:00.000-08:002008-12-19T10:35:51.748-08:00conto 10 de os mutilados<div align="center"><span style="font-size:85%;"> <span style="font-family:trebuchet ms;">Luiza de Ouro<br />(poema de amor para uma personagem fictícia)<br />Mesas cheias. As pessoas circulavam pelo shopping matando o tempo, as mulheres com seus celulares no ouvido confirmando o combinado, sempre aos casais. Os homens, elegância arranjada, exibiam suas barrigas, orgulhosos. Destoavam. Minha espera foi longa e pude me deliciar com as mulheres, altas em seus saltos, bem vestidas, penteadas. Atrizes subiam e desciam pela escada rolante como aeromoças, de um lado para o outro no corredor de um avião. A garçonete encostou a barriga na mesa e colocou o café. Luiza demorada me flagrou apertando o celular nas mãos. Sentou e pediu água com seu vestido curto, bege de flores amarelas, pequeninas. As pernas apareciam sobre uma sandália da cor do vestido. Parecíamos um para o outro. Nossas roupas e sapatos diferiam muito daquele uniforme de boutique, exibido ali, naquela noite de sábado. Tal qual ao telefone ela falava baixinho, um pouco emocionada com a caixa de bombons vermelhos que eu levei, combinando com tudo. Sua voz cadenciava em ondas. Ela nunca ligara para mim. Tive que descobrir que sua paixão era do tamanho da minha por vias inacreditáveis, que nem vou contar aqui. Pareceria ridículo. Tinha tido algumas experiências de encontros feitos através da internet, mas Luiza tinha sido a primeira que eu chamara on-line, telefonava, conversava pausadamente, ouvindo sua voz macia como sua pele, agora tocada. Parecia que nunca a veria. Tinha combinado de fotografá-la, mas sempre havia outras prioridades. Ficamos ali muito tempo no saguão. Passou o tempo das peças, todo o espaço encheu e esvaziou. Falamos de nós, tocando os dedos, olhar, uma ponta de cabelo, nossas unhas. Para nós (ela também confessara) era uma situação inacreditável. Tudo ia fechando e nós nos abrindo, entramos no seu carro e fomos até a praia, areia seca, tirando os sapatos, encharcando os pés no mar. Sentamos numa elevação de areia e ela me beijou gostoso, nossos corpos grudados. O sol apareceu, tímido no fundo do oceano, e nos iluminou no amor. Voltei para casa, com a caixa de bombons debaixo do braço e sua voz de telefone na minha memória. Nunca mais vi Luiza, a não ser nesse sonho.</span></span><br /></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-67021236765016617492008-11-14T06:53:00.000-08:002008-11-14T07:32:55.873-08:00poesia<div align="center"><span style="font-family:verdana;">de limitado<br /> pelas águas, pelas mágoas.<br />pelas ondas e pela espuma.<br />pelo amor de menos<br />e a invasão do que<br />parece amor demais.<br />de limitado pela<br />falta de limite.<br />por acreditar no que<br />quase ninguém acredita.<br />pela impossibilidade<br />do possível.<br />pela razão pura<br />de que é preciso<br />acreditar, sempre...de limitado pelas<br />lágrimas, que<br />não param de cair.pelo voo aéreo...<br />desejo...<br />metáfora da conquista<br />pelo que já disse<br />da falta de limite<br />E pela distância....vitória é o meu rio...</span></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-42236832606269062762008-11-09T07:29:00.000-08:002008-11-09T07:30:36.335-08:00conto<div style="text-align: center; font-family: verdana;">mas estava triste, cabisbaixo, sofrido, de um sofrimento que estranhava porque tinha uma vida feliz e satisteira, estava aceitando a vida da maneira que ela era e estrava muito essa espécie de torpor...</div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-62225983705504452592008-11-09T06:55:00.000-08:002008-11-09T06:57:02.863-08:00conto<p style="text-align: center; font-family: verdana;">a tristeza sem fim hoje é minha, nesse domingo de tempo fechado. ouço bach, alegro, para acalmar minha alma e entrar dentro de mim mesmo, assumir a minha tristeza profundamente, num dia em que tenho o direito de nao fazer nada a nao ser estruturar a minha alma e esquecer que o meu cérebro, de raciocínios deve as vezes dar espaço para amar e ser amado com menos apego e mais sinceridade e grandeza.<br /></p><div style="text-align: center; font-family: verdana;"> </div><p style="text-align: center; font-family: verdana;" class="comment-timestamp">9 de Novembro de 2008 12:53</p>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-3999245231434929212008-10-31T10:47:00.001-07:002008-11-18T08:34:39.348-08:00conto<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/SRcG76Le1JI/AAAAAAAAAD0/w0pllWYVzZQ/s1600-h/283137.jpg"><span style="font-family:verdana;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5266685915532547218" style="FLOAT: left; MARGIN: 0pt 10px 10px 0pt; WIDTH: 400px; CURSOR: pointer; HEIGHT: 276px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_oW7b1CgHPLM/SRcG76Le1JI/AAAAAAAAAD0/w0pllWYVzZQ/s400/283137.jpg" border="0" /></span></a><span style="font-family:verdana;"><br /></span><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Quinze de agosto, meu avô faria cento e vinte e seis anos e meu amigo gonçalo faz cinqüenta। Você me acha por e-mail. Eu fico nervoso com as louras, se for linda então complica mais. Chego na plataforma do metrô e uma loura do perfil dela me olha de longe, vou na direção como se fosse, mas não falo nada, fico na sua frente, os dois desconcertados. Tenho vontade de falar não consigo. As portas se abrem deixo todos entrarem e ocuparem os assentos. Fico de pé em frente. Chega um senhor de muletas, ela oferece e ele recusa. Na próxima parada a pessoa do lado dela desce. Vou e também pergunto se ele não quer sentar, recusa. Sento. Ela está, como eu, mexida, pega o celular e pluga o som, bate os pés no chão ao ritmo da música. Catete station, diz a locutora, locutora ou loucutora? Não sei o que fazer. Minha vida de sedutor está chegando ao fim e não sei o que faço com isso. Não estou acostumado. Glória station. A minha vida agora parece que vai ser um romance e o que disse para uma amiga parece que vai acontecer comigo: “voce agora vai viver um grande amor”. Mas eu estava falando dela. Decido que vou deixar ela descer. Carioca station. Talvez o medo da lourice seja da minha mãe, não sei. Ela, o meu amor, é a minha mãe loura. Será? Mas como eu vou deixar uma mulher linda passar sem fazer nada? Escrevo isso tudo enquanto penso, num caderno azul tibetano. Talvez esteja escrevendo para lidar com essa situação, para a ficção se separar da realidade. Mas isso é realidade ou ficção? Poder lidar com essa situação estranha, da mesma forma que ela está fazendo com o celular, ouvindo musica, disfarçando. Como lidar com essa situação de amor, de sedução, de atração, enfim dessa distância entre o masculino e o feminino. Estou com fome. Nunca se imagina que vamos ficar tanto tempo junto de uma pessoa, como esta, com uma mulher linda ao meu lado, que ouve música, enrola o cabelo louro com os dedos esquerdos. Eu sou escritor. Posso pegar o e-mail dela e mandar o que estou escrevendo. Ensaio, ensaio e não sai. Será que me volto para cá ou para vitória. Não há dúvida, vitória é presença. Chega a minha estação, desço triste, nervoso, agitado, faminto.15 de agosto de 2008 </span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">a ilustração é uma fotografia de márcia monteiro. </span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">veja o seu blog </span><a href="http://www.paisagensdalma.blogspot.com/"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">www.paisagensdalma.blogspot.com</span></a></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-size:85%;"></span> </div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-73239414448039832832008-09-22T11:44:00.000-07:002008-09-22T11:50:12.906-07:00conto<p align="center">a loura anunciada<br />morava na beira do mar e vivia pintando. não que naquele momento vivesse exatamente de pintura, mas pintava porque o seu movimento de corpo exigia. vivia do sonho de que viveria de pintura e bebia muita água. tinha um sala ampla com um piano de calda, onde, para chegar aos vazios, dedilhava uma música ou outra acompanhando o som do triunvirat. ouvia sempre as mesmas músicas para variar quando pincelava. nunca entendia as letras, mas isso não era importante. O ritmo é que embalava a pintura. por vezes misturava com mozart, vivaldi e bach. estava sòzinho. a campainha soou e ele abriu a porta para o tarólogo esperado, que sentou, abriu as cartas e sentenciou a sua vida amorosa: “você vai voltar para paris com uma perspectiva de sucesso não sei em que, mas com uma mulher loura de olhos verdes. você vai conhecê-la numa festa e será um amor a primeira vista”.<br />26 de dezembro de 1992</p>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-60228993056897878982008-09-01T06:19:00.000-07:002008-09-01T06:20:54.232-07:00conto<div align="center">conto do livro comum.</div><div align="center">sou apaixonado por você desde o dia que te vi, delicadamente segurando um quadro do buda. te beijei porque achei que te conhecia e não me dei conta que o seu rosto é padrão de beleza do meu tempo. todos a copiam: atrizes, jogadoras de tênis, modelos de jeans e até a namorada do homem aranha. mas você tem um homem feio na cartola que me deu vontade de ser o mais belo dos feios. e parece que consegui. sinto que te emociono. ontem, sem saber porque, comprei um livro para nós dois. lindo e lido vou deixar com você enquanto não moramos na mesma casa.</div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-19400741742807678692008-08-30T14:20:00.000-07:002008-09-01T06:19:43.972-07:00conto<div align="center">Fome<br />Poema de amor para uma noite infinita<br />Ele ficou de frente para onde em vinha, um degrau mais alto. Fiquei descalça enroscada nos seus braços, alisando meus cabelos. Me desabotoou. Enfiou muitas mãos por dentro do meu capote, me beijando, alisando minha pele através da seda. Andamos até o quiosque onde pedi um sanduíche de queijo com fanta (adoro fanta). Viramos e ele se encostou numa parede cega do quiosque onde só o mar nos via, me abraçou, abriu de novo os botões grandes do capote preto que coloquei nem sei porque e foi me abrindo. Encostou as mãos na minha pele, subindo pelas costas, passando para a frente. A ponta dos seus dedos tocaram meus seios, rígidos, estremecida. Seu corpo se encantou com o meu, boca deslizada pela minha. Desceu as mãos por dentro da calça, seu antebraço enroscado, quatro coxas como que não existindo tecidos entre elas. Meu coração vinha e voltava, emoção pura. Olhou nos meus olhos, girou o corpo e me levou mão dada até a areia, perto da água fria e salgada. Equilibramos. Me deitou, abraçando. Abriu delicadamente o feche-eclair das duas calças e nos amamos muito. Ficamos abraçados. Levantou-me pela mão e retornamos a parede cega onde o rapaz do quiosque tinha deixado o sanduíche de queijo, ao lado da fanta que adorei ainda mais. Saciei minha fome.</div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-28589997983996863212008-07-29T07:49:00.000-07:002008-07-29T07:50:30.870-07:00pensamento<div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">toda vez que você escrever para uma pessoa que você ama, escreva como se estivesse escrevendo um livro.</span></div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-21778979068286482462008-07-12T12:20:00.000-07:002008-07-13T10:12:00.431-07:00conto<span style="font-size:85%;">O monge zen estava dando ensinamentos para treze discípulos. Não era um espaço grande, mas três janelas abertas numa esquina urbana fazia a voz dele oscilar. Após a prática, na mesa de café coletivo três discípulos se manifestaram.<br />- não se ouvia bem o que o senhor falava – disse o primeiro.<br />- faz parte da prática – respondeu o monge.<br />- eu só ouvi um dos três koans que o senhor falou.<br />- lide apenas com o koan que você ouviu.<br />- mas eu – se manifestou o terceiro – não ouvi nada.<br />- fique em silêncio.</span>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7018459373504022582.post-52560250660331041242008-05-31T11:37:00.000-07:002008-05-31T11:43:33.888-07:00Conto: capítulo 6 de os mutilados<div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">O céu do parque Villa Lobos</span></div><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Fiquei um tempão abrindo e fechando o armário, experimentando roupa, gastando o espelho até optar por um vestido azul, um pouco transparente। Ele tinha estofo। Outro tanto de tempo tinha ficado debaixo do chuveiro, me aguando, tentando tirar o gosto de hospital da minha pele. Saí cheirosa, nervosa. Quando o telefone tocou demorei a falar. Ele me esperava o tempo que fosse preciso, tranqüilo. Não acreditei quando parei com meu carro preto e ele sentou ao meu lado, com seu beijo gostoso, rosto fino, seu sorriso agradável, que contrastava com todas as discussões que já tínhamos vivido via e-mail, on-line, telefone. Era mais do que eu poderia esperar. Quase atropelei um pedestre antes dele apertar a trava do cinto e gastei apenas duas quadras para entrar no restaurante que ele mesmo tinha escolhido para comermos massa com camarão, distantes um do outro, num espaço primorosamente calculado por mim. Ele colocou a mão embaixo da minha cadeira e o arrastou para mais perto, gesto seguro. Eu queria parecer estranha em nossa conversa, idêntica ao que acontecia na internet. Pagou a conta e eu só tive chance de mostrar minha carteira de couro nova. Percorremos o restaurante esvaziado, descemos para pegar o carro e, na porta, colocou a mão na minha cintura, e me encostou. Foi tudo. Colei-me nos seus lábios, virei de frente e dei o abraço da minha vida. Delicadamente ele me puxou para a sombra e continuou, diante do olhar atônito dos seguranças e outro casal de clientes que aguardava o mesmo que nós. Vi meu carro negro por cima do seu ombro. Sentou e disse apenas: “para onde você vai me levar?”. Ao contrário do que eu mesma esperava, nos levei para um parque. Andamos abraçados pelas quadras de tênis, cheias de tenistas voltados para seus jogos. Me apertava mais e mais, esfregava sua mão na minha cintura, na minha bunda, cadenciado com os meus passos. Nos conduziu para o meio das árvores, foi entrando até que não ouvimos mais o bater das bolas. Desceu das costas sua pequena mochila, tirou um tecido branco e fino que voou com o vento fazendo ondas, pousou na relva. Me abraçou, beijando, foi fazendo um caracol com nossos corpos até deitarmos um sobre o outro, rolamos. Foi levantando o meu vestido, substituindo o azul pelo branco, translúcidos, me envolvendo. Deitada, percebi que os galhos das árvores ficaram ainda mais lindos. Amei muito.</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div>ivan limahttp://www.blogger.com/profile/10009630593891285230noreply@blogger.com